PEDACINHOS DA HISTÓRIA GOIANA (n. 59)


OS BATE-PAUS DA
FORÇA PÚBLICA DE GOIÁS


Em 1858, o presidente da província de Goiás, Francisco Januário Cerqueira, criou a Força Pública, que deveria agir como força policial da capital goiana e de regiões próximas. Essa é considerada a origem da atual PM-GO (Polícia Militar do Estado de Goiás).

No documento que criou a Força Pública, o presidente definiu a sua estrutura. Havia uma cúpula chefiada por um tenente e composta ainda por sargentos, alferes, cabos e um forriel. Abaixo dessa cúpula, estavam os praças, em número total de 41. Era pouco. Foi preciso recrutar mais homens, que não tinham treinamento. Ganharam o apelido de "bate-paus".

O apelido tinha origem na peça de madeira que lhes era entregue. Era um cassetete, que podia ser usado para se impôr diante dos bandidos e agitadores. Um símbolo de poder e de violência.

Alguns bate-paus acabavam se mostrando muito hábeis no trabalho de perseguir, reprimir e prender pessoas. Mais hábeis do que os praças da Força Pública e, por isso, eram elogiados pelos seus superiores. Junto com os elogios não vinham recompensas financeiras satisfatórias. Os bate-paus só tinham direito a ajudas de custo.


Mal pagos, sem treinamento e com um bastão de madeira na
mão para atacar bandidos e agitadores. Esses eram os bate-paus.


SAIBA MAIS:
Polícia Militar do Estado de Goiás (154 anos): história, memória e representações
Enio Cesar Cunha e Atelina Cunha
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19.08.2021