O SEMINÁRIO SANTA CRUZ:
DE 1860 ATÉ HOJE
No período imperial, havia apenas uma instituição de ensino secundário em toda a província de Goiás. Era o Liceu, que ficava na cidade de Goiás (a capital da província). Mas isso mudou em 1860. Um decreto imperial de D. Pedro II criou o Seminário Santa Cruz e garantiu verbas para o seu funcionamento. Apesar do apoio recebido, a nova instituição teve dificuldade para iniciar seus trabalhos. Faltavam professores habilitados para algumas disciplinas, por exemplo. Apenas em 1872 o Seminário começou a funcionar.
A prioridade era formar jovens para o sacerdócio católico, mas a qualidade do ensino no Seminário atraía vários moços e a Igreja permitiu o ingresso daqueles que queriam desenvolver seus estudos, mas sem se tornar padres. O Seminário Santa Cruz, com essa decisão, se tornou uma instituição muito benquista e respeitada na capital da província.
O Seminário voltou a enfrentar dificuldades alguns anos depois e interrompeu as suas atividades em 1878. Reabriu no ano seguinte, o que provocou manifestações de grande satisfação na cidade de Goiás. A Câmara Municipal chegou a aprovar um voto de gratidão ao diretor do Seminário, Joaquim Vicente de Azevedo, que havia se empenhado muito para reabrir a instituição.
O Seminário voltou a fechar e reabrir outras vezes, foi transferido para Minas Gerais, voltou para Goiás e, após tantas idas e vindas, existe até hoje. Atualmente, funciona no bairro Jardim das Aroeiras, em Goiânia.
O deputado Felipe Santa Cruz defendeu a criação do
Seminário no Rio de Janeiro e convenceu o imperador
D. Pedro II a editar o decreto de 1860. A coincidência
de nomes não deve ser um acaso. (Foto de 2017).
SAIBA MAIS:
03.03.2021