PEDACINHOS DA HISTÓRIA GOIANA (n. 47)


E A MINERAÇÃO FOI PERDENDO IMPORTÂNCIA...
(FIM DO SÉCULO 18 E INÍCIO DO SÉCULO 19 EM GOIÁS)


A partir da década de 1770, a mineração entrou em declínio na Capitania de Goiás. Os garimpeiros extraíam cada vez menos metais e pedras preciosas do solo e dos rios. A pobreza se alastrava. O ano de 1772, em especial, foi marcado por uma crise terrível.

Enquanto isso, na Europa, um grupo de teóricos da economia, chamados fisiocratas, diziam que a agricultura era a melhor fonte de riqueza em qualquer país ou região. De acordo com esses pensadores, o melhor que Goiás podia fazer era abandonar a mineração e se voltar para o desenvolvimento agrário. Assim encontraria prosperidade segura.

Faltava que essas ideias chegassem à capitania. Elas chegaram em 1804, quando Francisco de Assis Mascarenhas assumiu o governo de Goiás.

Assis Mascarenhas concordava com as teses fisiocráticas e chegou a editar normas impondo dificuldades aos lavradores que queriam sair de suas terras para se tornarem garimpeiros nas minas de Anicuns (minas que foram redescobertas e passaram a atrair novos aventureiros em 1809). Fixar o agricultor em sua plantação e estimular a produção rural era a sua prioridade.

A agricultura, porém, não se desenvolveu tanto quanto a pecuária nas décadas seguintes. A criação bovina e de outros animais é que se tornou o principal setor da economia goiana no século XIX. "É a criação de gado que se deve promover de preferência a todo e qualquer gênero da agricultura", disse em 1821 o último governador colonial de Goiás, Manoel Inácio Sampaio.


Francisco de Assis Mascarenhas dizia que a agricultura
era uma "inexaurível fonte de riqueza dos Estados".


SAIBA MAIS:
História de Goiás em documentos - 1. Colônia
Luis Palacín, Ledonias Garcia e Janaína Amado (1995)  -  Link

26.05.2021