A QUEDA DE MAURO BORGES
Mauro Borges, governador de Goiás em 1964, apoiou o golpe militar contra o governo de João Goulart. Mesmo assim, os seus adversários não aceitavam a sua permanência no poder. Diziam que ele era próximo dos militantes de esquerda e lembravam que ele havia apoiado em 1961 a campanha da legalidade (liderada por Leonel Brizola, o pior inimigo dos militares de direita naquela época).
Mauro Borges chegou a obter um habeas corpus preventivo do STF para não ser retirado do governo e permaneceu no cargo por quase 8 meses após o golpe. Em 26 de novembro de 1964, foi decretada pelo presidente Castelo Branco a intervenção federal. O interventor, general Meira Matos, chegou a Goiânia no mesmo dia para dar início ao seu trabalho.
Cogitou-se uma resistência à intervenção. Inclusive com distribuição de armas para a população. Mas a ideia foi descartada. Mauro Borges percebeu que não havia mais o que fazer.
Saiu do governo como vítima do golpe militar, apesar de tê-lo apoiado.
Primeira página do Jornal do Brasil no dia seguinte à intervenção:
"Consumada a intervenção, o Governador Mauro Borges subiu na
capota de uma camioneta e deu suas razões ao povo".
SAIBA MAIS:
Há 50 anos, Mauro era deposto
O Popular, 26.11.2014.
30.09.2020