PEDACINHOS DA HISTÓRIA GOIANA (n. 8)


A CONSPIRAÇÃO DE AGOSTO DE 1821
 
A conspiração de agosto de 1821 na Cidade de Goiás tinha o objetivo de depôr Manuel Inácio Sampaio, que havia sido nomeado para governar Goiás de acordo com o velho sistema colonial. Depois de prender Sampaio e expulsá-lo para o Rio de Janeiro, os goianos formariam o seu próprio governo. É importante lembrar que o ano era 1821: naquela época, apenas os mais poderosos participavam da formação de governos, ou seja, os conspiradores não pensavam em instituir um sistema democrático. 

Assim como aconteceu com a conspiração de Tiradentes em Minas Gerais, a conspiração goiana foi delatada. Na noite de 14 de agosto de 1821, começaram a ser presos os participantes do plano. Entre eles, o capitão Felipe Antônio Cardoso, líder do movimento. Mas o padre Luís Bartolomeu Marques (principal aliado do capitão Felipe) conseguiu fugir.

Manoel Inácio Sampaio continuou governando Goiás até janeiro de 1822, mas sob muita pressão. Não aguentou as críticas e renunciou duas vezes (a primeira renúncia não teve efeito). Com a segunda renúncia, chegou ao fim o colonialismo português em Goiás. Dali em diante, os goianos, que antes se consideravam portugueses, passaram a ser cada vez mais brasileiros. E apoiaram o grito de "independência ou morte" dado por D. Pedro em 7 de setembro de 1822.

Manuel Inácio Sampaio foi o último a ser
nomeado por Portugal para governar Goiás.

SAIBA MAIS:
Província Imensa e Distante: Goiás de 1821 a 1889.
Fábio Santa Cruz (UEG)
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28.08.2020