PEDACINHOS DA HISTÓRIA GOIANA (n. 2)


UMA ACADEMIA FEMININA EM GOIÁS

Em 1959, comentou-se na imprensa goiana a possibilidade de Maria do Rosário Fleury (Rosarita Fleury) ser admitida na Academia Goiana de Letras (AGL). O presidente da AGL, Zoroastro Artiaga, advertiu que o estatuto da Academia não previa a inclusão de mulheres em seus quadros. Rosarita ironizou: se as Marias mortais já aborrecem tanto os homens, "que diríamos, então, de uma Maria Imortal?"

Em 1969, foi fundada uma Academia só de mulheres: a AFLAG (Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás), tendo Rosarita como uma das idealizadoras e fundadoras. 

A AGL mudou seu estatuto e passou a admitir mulheres apenas na década de 1970, durante a presidência de Ursulino Tavares Leão.

Emblema da AFLAG


SAIBA MAIS:
"Fazer da pena um ofício": a conquista do espaço público para as mulheres escritoras em Goiás.
Débora de Faria Maia (UFG)
Publicado nos anais do XXX Simpósio Nacional de História

15.07.2020